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"Sempre que o homem seguir com sinceridade o caminho da fé, ele será capaz de aproximar-se de Deus e operar milagres." ( Paulo Coelho)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Ele se superou...


Se o objetivo do Vagner Mancini era entrar para a história do Vasco, ele conseguiu. Não é qualquer técnico que consegue a façanha de fazer o Vasco perder para o Olaria, como fez ontem. Lá se iam 37 anos desde o último sucesso do time da rua Bariri sobre o Vasco. Se contarmos apenas no estadual, eram 39 anos. Mas Mancini não conseguiu acabar apenas com escritas com décadas de idade. Também pode colocar no seu currículo o feito de comandar o primeiro – e muito provavelmente – o único dos grandes do Rio a perder para um dos considerados pequenos nesse Estadual 2010.

Não é pouca coisa para um treinador conseguir em apenas uma partida. Para atingir esse objetivo, Mancini contou com a ajuda dos seus jogadores. Uma ajuda, aliás, importantíssima. Depois de um começo pressionando e de perder uns três gols em menos de 10 minutos – Elder Granja novamente com medo de chutar quando está de cara pro gol, um chute cruzado do Jeferson que saiu fraco e uma bomba do Paulinho de fora da área
parecia que o Vasco faria uma boa partida. Mas a impressão durou pouco: quando o Olaria resolveu jogar um pouco, viu que mesmo com três zagueiros a cobertura nas laterais era fraca e começou a se engraçar por ali. O alvianil começou a tocar a bola e chegar à nossa área com facilidade. Pouco minutos depois, saiu o gol deles. Coutinho, que ontem queria passar por todo mundo dando canetas, perdeu uma bola no meio de campo. Um jogador recebeu a bola no círculo central, correu sob o olhar complacente dos nossos volantes, passou como quis do Gustavo e tocou para o atacante Cacá, em completa solidão dentro da área, apenas empurrar a bola pro gol vazio.

Como o Mancini já havia dito depois do empate com o ASA-AL no meio da semana, quando o adversário marca antes, tudo o que foi planejado muda. O problema é que ele parece incapaz de evitar que o Vasco tome o primeiro gol, como aconteceu nas últimas três partidas. O gol do Olaria serviu para desorganizar de vez o time. O adversário mostrava mais organização, mais preparo físico e até mais interesse na partida. O Vasco só conseguia trocar passes na frente da área do time suburbano, mas sem objetividade. Já o Olaria tomava a bola dos nossos homens de frente e partia com velocidade para os contra-ataques.

Aos 30 minutos, Mancini resolveu que o 3-5-2 não funcionava mais e colocou o Souza no lugar do Gustavo. Não adiantou muita coisa. O Vasco seguia com mais posse de bola, mas não conseguia furar a defesa do oponente. Antes do fim do primeiro tempo tivemos ainda quatro chances de empate no primeiro tempo, com chutes de fora da área de Jeferson e Coutinho, numa cobrança de falta com o Gian e numa cabeçada do Rafael Coelho em que o Fernando, tentando completar, pegou o rebote com o joelho e jogou para fora.

Na volta do intervalo, Mancini tirou Paulinho e colocou o Geovani Maranhão em campo. O time ficou mais ofensivo, com Maranhão caindo pela esquerda, e o Vasco melhorou. Mas a falta de gols – apenas um, de pênalti, em três partidas contra dois adversários teoricamente mais fracos – continou a mesma. As chances apareceram, mas os chutes ou iam pra fora ou saiam fracos. Rafael Coelho perdeu um gol da marca do pênalti, chutando em cima do goleiro. Coutinho recebeu uma bola açucarada do Rafael Carioca mas não dominou dentro da área. Coelho teve outra chance, em chute de fora da área, mas também errou o alvo.

O Olaria atacava menos, mas era muito mais perigoso. Poderia ter ampliado o placar em pelo menos duas oportunidades, todas pegando nossa defesa aberta. Em uma, o jogador do Olaria entrou com liberdade pela direita, foi até a linha de fundo e rolou para o Cacá, que chutou colocado e obrigou Prass a fazer grande defesa. Na outra, Dodô – que entrou no lugar do Jeferson no tempo técnico – perdeu uma bola ao tentar passar no meio de dois marcadores e armou o contragolpe para o Olaria. O jogador seguiu sem marcação até ficar frente a frente com o Prass, mas jogou a bola por cima.

O Vasco já estava em completo desespero quando aconteceu o lance mais polêmico do jogo. O Olaria subiu pela direita, nossos defensores acompanharam a distância, todos acometidos de uma lentidão sem precedentes, e Cacá mais uma vez recebeu livre pra empurrar para as redes. Prass tira a bola mas o juiz assinala o gol. Depois dos jogadores do Vasco reclamarem muito, a bandeirinha confirmou que a bola não havia cruzado toda a linha.

Pela distância da câmera na transmissão, não dá pra afirmar com certeza, mas não seria mais esse gol que aumentaria o vexame. Mas Souza se encarregou de fazer isso sozinho: em um lance sem o menor perigo, deu um bico na perna do jogador do Olaria e foi expulso. Foi um final melancólico, que exemplifica bem todo o desequilíbrio pelo qual o time passa.

Fonte:GloboEsporte.com

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